inco locomotivas a vapor totalmente reformadas fazem a alegria dos turistas que se hospedam na colônia de férias do Serviço Social do Comércio - seção MG - na praia de Grussaí, a 30 km de Campos, no Rio de Janeiro. Todas as máquinas são fabricação da americana Baldwin, quatro delas 2-8-0, tipo Consolidation, e uma 2-4-2T, de manobra. 

Elas foram compradas de usinas de cana do Norte fluminense e estavam abandonadas e sucateadas. A ausência das placas originais torna difícil identificar ano de fabricação, mas a maioria foi comprada pelos usineiros da E.F. Leopoldina, quando esta aposentou as máquinas a vapor, a partir dos anos cinqüenta.O Sesc-MG construiu uma oficina especialmente para reformar as locomotivas. 

Na pintura, a homenagem às antigas ferrovias mineiras

Em estrados de vagões de cana foram montados os carros de madeira que formam o  trem que leva os turistas pelos 7 quilômetros de ferrovia do complexo de lazer de 1,8 milhão de metros quadrados. 

Em alguns dias da semana, além do passeio, o trem pára em uma das seis "estações" para uma noite de seresta ou forró. O sucesso do empreendimento é tanto que mais 1,5 km de linha férrea e duas estações estão sendo construídos e o Sesc-MG  continuam à procura de outras máquinas para comprar e reformar. Cada locomotiva homenageia uma das antigas ferrovias mineiras, como a E.F. Oeste de Minas e a Rede Mineira de Viação.

Os preservacionistas mais radicais não gostam da pintura, por achá-la um pouco exagerada, principalmente o branco adotado na frente de algumas locomotivas.Mas isso não tem a menor importância para Moacyr Carolino dos Reis e Valter Gomes CoutinhoGraças à iniciativa do Sesc-MG, eles voltaram a exercer suas antigas profissões de maquinista e foguista, depois de dez anos trabalhando como vigia nas usinas de cana para sobreviver.

Valter e Moacyr ajudaram na reforma e recuperaram o prazer de trabalhar